terça-feira, 28 de abril de 2009

Dádivas e sonhos



Talvez as dádivas não sejam necessárias para existência do agradecimento.O real agradecimento precede as dádivas. Agradecer por mais contrastante que pareça, é uma dádiva. A real alegria de agradecimento não está nas pessoas que por seus méritos galgam dádivas, se assim fosse seria meu dever usar outra palavra de mérito inferior.
O agradecer e seu júbilo mais sublime mora em pessoas que sabem que sozinhas nunca alcançariam seus sonhos, pois na verdade seus sonhos nunca foram seus.
Ora... os sonhos não são matéria, habitam fora da realidade, claros, porém invisíveis. Por isso não podemos tê-los em nossas mãos, por isso são apenas sonhos! O consolo é saber que existe um Senhor dos sonhos, também invisível, todavia real.
Dessa forma, o único capaz de trazê-los a realidade, materializá-los, ofertá-los a nós para que possamos com nossas mãos tocá-los e vê-los, agora não somente quando nossos olhos estiverem fechados.
Nesse dia o Senhor dos sonhos veio a nós com uma dádiva, nem os mais belos versos são perfeitos o bastante para agradecer tal presente. É como agradecer pelo sol que nasce todas as manhãs, e como Deus de repente esconde essa estrela para acender outras centenas de milhares durante a noite. É como agradecer pelo ar que respiramos já quase em inconsciência de respirar e ainda assim ele nos dá vida, de tal e suprema forma é Deus que mesmo em nossa inconsciência e ingratidão nos alimenta saborosamente com sua vida.
O que nos resta é apenas imitar um singelo sorriso de uma criança diante de um presente. Embaraçadamente, só o que está em nosso alcance é nossa alegria sincera, o orgulho de nossos pais, a nostalgia dos amigos, nossos corações batendo mais forte, olhos a brilhar e outras centenas de etc mais, tudo! Tudo isso colocamos diante do Senhor dos sonhos... Deus. Sabendo, no entanto, que tudo isso por mais lindo e puro em sua existência, tudo isso, é ínfimo diante Dele. Afinal até a dádiva do agradecimento é motivo para agradecer.

Castro Lins

Covarde






Olhar para dentro de si, é simplesmente não saber o que vai se encontrar. É si encontrar sabendo que nem tudo que se encontra é desejável de se encontrar...
Ele sempre esteve lá, nunca pude enxergá-lo, pois mora nas regiões abissais do nosso ser. Ele ama a escuridão, pois é nela em que nossos olhos falham e podemos nos ver claramente frágeis.
O medo é um inimigo impiedoso que destruía meu ser, sem eu nem mesmo saber que estava em guerra. Minhas vestes de orgulho são rasgadas e percebo depois de séculos de covardia, que sou um covarde. Não falo isso à espera de tua compaixão, ou criando uma falsa humildade. Falo, ou escrevo, de uma descoberta nesse lugar desconhecido por mim, meu coração. Esperei encontrar os tesouros enterrados aos heróis, todavia o medo parece me enterrar para os mistérios insondáveis que o mar me oferece. Não desmarcarei minha covardia numa fuga estreita de uma briga de colégio, muito menos quando subi uma escada e olhei para baixo. Só reconheci esse impostor mascarado quando não temia apenas as coisas temíveis da morte, mas quando temi as dádivas mais sublimes da vida. Temer o que não devia causar temor é esquivar-se do amor e se a graça do amor não for tal qual, ou superior, ao teu medo de sofrer, és um covarde!
Quando me deparei com o amor tão imensurável, com o horizonte tão infinito e com estrelas tão brilhantes, a minha primeira atitude foi fugir e me esconder, pois a tudo isso desconheço, e a nada tenho controle, e a tudo tenho medo, mas esse medo que também desconheço, não é o mesmo medo que outrora temia apenas o que fere, o que dói. Esse medo mais feroz e avassalador teme o carinho, teme o amor, não teme apenas a grandeza que machuca, mas sim todas as imensidades sejam elas de vida, ou de morte. Dessa forma repudiei as mãos desejosas a ofertar-me singelas carícias.
Quando eu abri o armário do meu quarto não pude encontrar meu bicho Papão, pois estava escuro demais para míopes olhos. A luz acendeu, agora era ele que não podia me enxergar. Voltei a dormir e quando acordei lembrei que o covarde não é aquele que teme a dor, mas aquele que tem medo do amor. É como a luz e a escuridão, ambas controlam nossos olhos o que devemos, ou não, enxergar. O medo de amar é um egoísmo repleto de cuidado de si, uma fuga das reações dolorosas que acompanham o amor, é diferente de não se deixar ser amado, isso não é egoísmo, é covardia. Ouvi dizer que o amor lança fora o medo. Lancei-me em coragem brutal e enfrentei o gigante do perdão, ele parecia não ter fim! Hoje, não quero mais temer o perdão apesar do seu tamanho, e a cada passo deparo-me com mais imensidades inexpressáveis como o amor e a graça.
Agora que não temo as alturas, meu alvo vai além dos Andes. Ainda pequeno como um escravo alforriado estou a encontrar outro senhor, e como já não há o medo das grandezas, não preciso ter medo de Deus. Tenho temor, afinal sua imensidão é assombrosa, mas vejo numa cruz de insignificâncias, não a majestade reduzida, mas sim o imenso de braços abertos ao pequeno, aos pequeninos, e o insignificante dando um significado ao amor. É como o encontro do finito com o infinito, das estrelas com os sonhadores, do inexpressivo ao criar um gigante inexpressável.
Ser covarde é ter medo desse amor. Esse medo e esse amor não podem coexistir no mesmo coração, agora cabe a mim escolher: ou me entrego, ou me escondo. Castro Lins

Ensaio Sobre o Tempo






O tempo é o espaço entre dois pontos numa linha infinita que denominamos eternidade. Um ponto é o início, o outro é o fim. Caminhar incluso entre esses dois pontos é estar sujeito às ordens desse espaço de tempo. Da mesma forma que o ponto final traz fim ao capítulo de um livro, mas não necessariamente é o final do livro e alguns podem até supor que esse livro não tenha um fim. Entre esses dois pontos que delimitamos como espaço do tempo, podemos criar divisões até chegarmos aos menores instantes, nos quais furtivamente se vão à medida que nos aproximamos do ponto final desse capítulo.
A grande frustração humana é saber que o tempo é apenas um espaço delimitado que depois de percorrido vai acabar, e o que causa medo é não saber o que nos espera depois da linha de chegada. Será um troféu, ou vaias? Não saber qual é o começo que o fim traz consigo, essa é a fobia que faz-nos criar uma imagem sombria que chamamos de morte. A vida por outro lado, é bem manifestada e presente, assim, menos amedrontadora.
Sabe-se bem que a morte é uma ausência de vida e que a vida precede a morte, sendo assim, é provável que se porventura a morte deixasse de existir, ou como imagem do nosso medo do desconhecido ela fosse vencida, haveria vida eterna, considerando uma linha infinita. A teologia fala de um homem que venceu a morte dando fim ao fim, para que o tempo desse lugar à eternidade e não houvesse mais pontos que interrompam a vida, fazendo da mesma eterna.
Tudo leva a crer que da mesma forma que o tempo possui início e fim, tudo que se inclui nele também está sujeito à mesma ordem.Provavelmente tudo que se inclui na eternidade, onde o fim é inexistente, deve também se sujeitar a ordem do eterno. Sendo assim, podemos dizer que no tempo o mal pode ter fim e o mesmo ocorre com o bem. Já ao adentrar na eternidade, o mal (choro, dor, tudo a que possamos considerar ruim) dura para sempre, igualmente acontece com o bem (amor, paz, alegria e tudo que possamos considerar bom) dura para sempre. No tempo nos é dado o direito de escolher o início e o fim de algo, feita a escolha, ao entrarmos na eternidade não existe mais essa segunda opção.
Apesar de não enxergarmos, nosso coração parece enxergar além dos pontos e esperar desejosamente pela eternidade. Quando o tempo e o espaço roubam nossos bons instantes de tempo, parecemos nos revoltar com um sentimento cujo nome é saudade. Quando a alegria chega ao fim, logo buscamos uma maneira de estendê-la um pouco mais e se fosse possível a faríamos plena então daríamos a ela o nome de felicidade, que parece ser sempre passageira, porém a maioria dos nossos esforços nessa vida giram em torno da continuidade desse bem estar. Como bem dizem: “eu só quero é ser feliz”. Diante da dor, bom mesmo é que o fim chegue e isso aponta um entendimento prévio para alguns suicídios, mas a esperança de quem deseja o fim do sofrimento não é apenas que a dor se vá e ele permaneça inerte no universo, o que ele realmente espera é que a ausência da tristeza de lugar a alegria e que essa alegria nunca de lugar a tristeza, ou melhor, que ela seja eterna. Envelhecer é difícil, o fim em seu desconhecido causa medo. Parece que realmente fomos feitos para eternidade e ela para nós.
As histórias vivas de pessoas se cruzam num único livro suposto sem fim, algumas destas, de repente deparam-se com um ponto final. Na maioria das vezes isso ocorre com a morte de seu personagem principal. Devo convir que a morte e o fim parecem cúmplices, assim como a vida tem sua cumplicidade com a eternidade, talvez se o nosso personagem principal vencer a morte e ressuscitar, talvez o ponto final do tempo - a morte - apenas queira dizer que um novo parágrafo vem pela frente no livro da vida, ou na linha
da eternidade.
Castro Lins

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Viajei


Em aula
Olhei para cima
E sorri.
O professor disse irritado:
Estás rindo de mim?
Eu pensei:
Apenas estou apaixonado
O que tem de ruim?
Professor: repete
O que eu disse da matéria
Me explica!
Pensei: só entendo de amor,
Não de química!
Professor: não vai falar nada!
Pensei: falta coragem,
Mas pedirei pra ser minha
Minha namorada.
Professor: de que tu tens medo?
Pensei: de dizer que a amo,
Revelar meu segredo.
Professor: vou te abrir
Um processo menino!
Pensei: quero roubar
Um coração mas,
Não sou um assassino.
Professor: vou te reprovar!
Pensei: primeiro
Eu conquisto ela,
Depois penso em formar.
Professor: se não falar nada
Te boto pra fora!
Pensei: ela também
Não fala nada,
Sempre me ignora.
Falei: desculpe foi
Uma piada,
Que lembrei agora.
O professor desistiu
De me reprovar,
Mas eu não deixei
Nenhum minuto de sonhar,
Em plena aula,
Estava eu a viajar.

Alguns dias depois....

Na aula fiquei sonhando,
Hoje estou quase reprovado.
A menina....
Que eu estava amando,
Já tinha namorado.
Acabei casando
Com a química,
Estamos apaixonados.

Castro Lins

sábado, 11 de abril de 2009











Existe vida lá?





Essa universidade é um universo, cada instituto está a anos luz de distância um do outro, existem alunos que vivem no mundo da lua e alguns professores extraterrestres não conseguem contato com a raça humana, alguns falam outra língua, outros são verdes e fizeram doutorado em Marte. Porém a grande pergunta do universo é: existe vida nesse planeta Rural? Estudos recentes indicam que sim, apesar dos buracos negros do dia a dia, de mãos dadas, os seres desse planeta aprenderam a vencer a gravidade e não cair. Semelhante às estrelas, eles são a luz nas noites mais escuras. Lá o sol nasce para todos e quando a chuva cai do céu uma semente precisa morrer para que surja uma nova vida. As lágrimas são salgadas, mas indicam vida. Sorrisos inconstantes nos rostos, mas alegrias infinitas no coração, indicam vida. Eles respiram, e todo ser que respira canta, louva, isso também parece vida. Alguém entre eles disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Essa é a maior prova que existe vida entre esses seres.
Castro Lins


Passando pela Universidade


Queria mesmo fugir de casa, alforria, liberdade.
Queria mesmo começar uma revolução, mudar o mundo!
Queria mesmo ingressar nos átrios onde habitam o saber e a suprema verdade.
Queria mesmo buscar aventuras, o grande amor, para escrever e narrar meus próprios romances.
Queria mesmo enriquecer, orgulhar meus pais.
Dizem que tudo passa, mas na verdade, a universidade não passou, creio que fui eu quem passou por ela. Caminhando levei comigo dúvidas, falo sobre uma, a maior entre todas elas: no fim, o que permanece?
Sei que, o anseio pela liberdade deu lugar à saudade de casa. Mudei as estratégias, para alcançar êxito, percebi que a revolução deveria começar em minha alma. Entendi que a sabedoria não mora em construções ou títulos e entre tantos relativos, não encontrei a verdade listada em sumários, com o tempo aprendi que a verdade não envelhece como as folhas amareladas dos livros da biblioteca.
As aventuras me entediaram e o grande amor rendeu-se diante de algo ainda maior, é semelhante às estrelas, de tão longe parece pequeno e também se perde diante da imensidão do céu noturno.
Talvez o orgulho dos meus pais custasse minha insatisfação profissional, no entanto, enriqueci... Desenterrei pérolas preciosas, amigos que nunca me deixarão retornar a pobreza da vida. Por fim, no fim, continuo no Caminho, no bolso esquerdo carrego conhecimento e no quadro negro do meu coração escrevi com giz de eternidade: Permanecem a fé, a esperança e o amor. (I Coríntios 13:13).
Castro Lins

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Céus olhos




O céu .... dela
É um céu estranho,
É redondo,
É imenso e brilhante,
Mas às vezes chove,
Não é chuva, é choro...
Entre seus cílios
Não é ouro,
É brilho.
Não são flores,
São pétalas de estrelas
Violetas,
De duas cores,
Horas verde, vezes castanho,
Não é céu, é mel.
Não é real,
É puro sonho...
São seus olhos.
São Céus olhos.


Castro Lins...

Histórias que Contarei aos Meus Filhos



A qualquer momento do dia, meu pai sempre estava pronto para me contar uma de suas aventuras de mocidade. Essas histórias me cativavam de maneira surpreendente, isso até eu completar meus 11 anos.Confesso que eu já não suportava ouvir as histórias repetitivas dos heróis do sertão. Aos 13 anos a televisão roubou o lugar de meu pai e me fez encarar uma cruel verdade: o Superman não é nordestino, e nem se parece com meu pai!
Descobri que as histórias do meu pai se resumiam a brigas de bar (ele sempre batia em todo mundo, e não sofria um arranhão, literalmente, um super homem), ou inúmeras namoradas (ser macho é uma prioridade), e não esquecendo (isso realmente ele nunca me deixava esquecer), de como ele trabalhou para conquistar os poucos bens que nossa família possui.
Um dia me perguntaram: “em tua velhice que histórias você contará aos teus filhos e netos?”
Não vou negar que essa pergunta muito me intrigou, afinal, nunca briguei com ninguém, a única mulher de quem recebo elogios e caricias é minha mãe, e tudo que conquistei com meu trabalho até hoje são apostilas, livros e meus DVDs preferidos.Essa dura realidade me deixou sinceramente preocupado, acho que a aventura mais perigosa que já vivi foi no dia em que entrei de penetra numa festa de aniversário, isso foi realmente emocionante!
Até que um dia... Conheci uma tal de ABU (aliança bíblica universitária), isso sim foi uma aventura!Ao verificar o território não encontrei nenhuma gravata, isso já me deixou amedrontado.Um cara vestido de esportista com um violão nos braços. Pensei: “entrei no lugar errado”. Naquele momento mal podia imaginar que aqueles desgravatados e esportistas se tornariam minha nova família na universidade, mas o processo de adoção não foi tão rápido assim. Eu era muito desconfiado, tinha medo até de comer o lanchinho no final da reunião e se eu não abria a boca para comer, muito menos para falar, porém aquele que pouco fala muito ouvi, muito observa. Sim! Meus ouvidos receberam palavras que por muito tempo estiveram fora do meu dicionário Aurélio: fé, esperança e amor. E uma outra palavra que por muito tempo havia fugido de minhas poesias: amizade.
Entrar na universidade é um sonho, mas quem entra não pode dormir. Realmente não foi, e ainda não é fácil cumprir com meus deveres de universitário.Foi difícil entender meu papel nesse lugar, afinal, por que roubaram meus desenhos animados e me deram um livro de química analítica? Por muitas vezes entrei em depressão. Nas quartas-feiras eu visitava a ABU e de repente alguém começava o estudo perguntando: “você hoje está feliz?” Não era atoa que eu ficava mudo!
Chorei em vésperas de provas, solidão, problemas com os pais, alergias. Inventei novos complexos nunca antes estudados pela psicologia, eu acordava com complexo de Superman e dormia com complexo de inferioridade, apesar de muitas tentativas, eu nunca fui capaz de salvar o mundo, acho que eu precisava deixar Jesus me salvar primeiro.
Por um minuto, a universidade afastou de mim todos meus ideais, minhas paixões e sonhos.
Por uma eternidade, na universidade encontrei a graça de Jesus, outrora perdida em minha vida.
Na universidade conheci a ABU, encontrei muitos amigos, e com eles brinquei, chorei, orei, amei, dentro do alojamento, dentro do banheiro, na fila do almoço ou em qualquer outro lugar*. Vivi tantas aventuras que segundo meus cálculos, meus filhos completarão seus vinte anos e não precisarão ouvir duas vezes a mesma história.
Tanto amor, proezas e medos, tenho pra narrar. Lembro-me de olhar nos olhos dos formandos, no olho esquerdo eu via a alegria de formar, no direito eu via escapar uma lágrima e a tristeza em deixar a ABU... È difícil pensar que logo chegará minha vez.
Sentir Deus, eu sinto em qualquer lugar, mas a ABU é meu lugar predileto. Amadureci atento a cada estudo, quando aprendi a ouvir, comecei falar. Falar de algo novo pra mim e surpreendente: o amor e a graça de Jesus Cristo. Lembro-me também de situações engraçadas: a primeira vez que dancei forró, acredite se quiser, foi na ABU!
Peço paciência para contar minha última grande aventura, o encontro de 50anos da ABUB (aliança bíblica universitária do Brasil) em Goiás.
Um dia olharei nos olhos do meu filho gordinho e perguntarei a ele: “por acaso seu pai já lhe contou a emocionante história das pérolas perdidas?”
Direi a ele, sobre uma divertida viagem de 18 horas do Rio a Goiás.
Cantarei a ele, uma das tantas músicas de louvor que cantamos durantes esse percurso.
Direi a ele, que naquele encontro, meus questionamentos a respeito da miséria e o silêncio de Deus foram respondidos.
Direi a ele, que Deus usou uma missionária da África, como exemplo de entrega e amor ao próximo.
Direi a ele, que existe muitos outros ABUenses espalhados pelos Brasil pregando o evangelho nas universidades e vivendo suas próprias aventuras.
Farei ele rir das boas brincadeiras, principalmente da noite em que nós rapazes ensinamos cada garota a observar as estrelas de uma forma divertida e especial.
Não esquecerei de dizer a ele, sobre a bela e atrapalhada serenata, que nós rapazes fizemos para as garotas em plena luz da lua, e as coreografias... Essas não precisam ser descritas detalhadamente.
Com certeza, ele como todo garoto curioso perguntará: “papai o que aconteceu com as pérolas que estavam perdidas?”.
Direi a ele, que não haviam pérolas perdidas, na verdade, elas sempre estiveram comigo e eu não sabia enxergá-las.
Quando ele estiver quase dormindo, sussurrarei em seus ouvidos uma verdade que aprendi em minhas aventuras: “as mais preciosas pérolas que Deus nos dar: são os amigos”.
Parabéns ABU pelos seus 50anos, não podemos negar as dificuldades da semente, mas também não podemos deixar de experimentar o doce dos frutos. A ciência e a fé que vivemos, escreve uma história de amor e amizade aos olhos de DEUS.

Castro Lins
* trecho da música “grato te sou” própria do grupo ABU-rural. 15/06/07












Marcharemos...

Existe um livro intitulado: Aliança Bíblica Universitária, esse livro não possui um final, pois narra contos da eternidade, eterno, todavia é um mosaico de instantes, de cada passo de estudantes que aprenderam a marchar de joelhos, e orar abraçados. Aventuras de heróis cuja força está na fraqueza e na amizade. Histórias de amor sem final feliz, pois esse livro não fala de fim, narra apenas infinitos. As pessoas vão embora, mas nada acaba. As lembranças, os abraços de sorrisos e de lágrimas não estão sujeitos ao tempo, por isso não são finitos, nem ao espaço, por isso não existe distância entre nós. Mesmo quando a amizade se tornar uma fotografia ou quando o amor tornar-se cartas amareladas ou e-mails da sua caixa de mensagens, mesmo quando nossa memória nos trair e nos condenar ao ingrato esquecimento, mesmo assim! Lembraremos que ainda estamos marchando... Marchando num Caminho comum, seguindo uma só esperança da nossa vocação, um só Senhor, uma só fé... Não se esqueça que um capítulo desse livro narra a sua história. E todos esses romances de pessoas que marcham estão escritos a punho no livro da vida. Levaremos conosco essa eterna aliança de esmero que não pode enferrujar e nem morte pode separar, contudo devo convir que há algo finito entre nós, isso é o que as pessoas chamam de saudades. Algo que carregaremos por muito tempo, mas sei que um dia o tempo dará lugar a eternidade.
Deus te abençoe... do amigo... Castro Lins