segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Poema Identidade




Poema Identidade

Dos sonhos não me recordo,
E se quando ao dormir eu esteja
Dormindo quando acordo?
Se certeza por certo seja
Essa porque concordo?

Tais ilusões são paredes
E vela todo vazio aparente:
Nessa sociedade que crede
Em toda verdade que invente.

Quem a construiu que recolha
Os restos e esses sinônimos
Que me propõem em escolha
Esses autores anônimos.

Esses sonhos não são meus!
A sociedade é quem sonha
E sopra nessas narinas,
Pois essa minha alma tristonha
Não há de ser obra divina!

Do céu vejo minha janela...
Será Deus que se revela?
Ou será outro sonho dela?

Tão Grande sociedade! Como
Cabe em minha identidade?

Castro Lins