segunda-feira, 17 de maio de 2010

SINTOMAS







SINTOMAS



Quem és? Não te espero!

Verso zero;

-Sou a morte que acena
Em horror despedida,
Seguirei-te em poemas,
Em versos suícidas;


Verso um.
Meu verso é febrl,
Minha rima ignóbil,
Meu ser pueril;


Fiz das noites alegres
Restos de última posse...
Se sonho delírios em febre,
Acordo em tétrica tosse.



Tosse entre três tremores
Expele frio da pele, suor,
No corpo esconde tumores,
N´alma há chaga maior:


Há ninho de seres nefastos,
Carinho, saudades, e ferrugem;
Há amor, pecados e ratos,
Vermes, mas versos não surgem...


Cético ri, meus sintomas...
Médico diz, incrédulo:
-Tu és enfermo incomum,
Teu mal: Mal do século...
Verso Vinte um.

Castro Lins


















2 comentários:

  1. LIndo....
    com certeza esse é o mais fascinante..
    muy guapo...
    besos...Marcia Olivier

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  2. Nossa, fiquei sem palavras. Espero que não se importe se eu te seguir, sou da Rural também, 3º período de Letras. Um beijo, e continue assim fascinando!

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