terça-feira, 28 de julho de 2009

A Constante





Como já dizia um bom amigo:
“a constante universal da vida é a tristeza”.
A vida em sua cômica maldade enche seres a ser e sentir ilusões, apenas para em risos roubá-las de nós bem lentamente ao longo dos anos. É como dar presentes a uma criança e receber dela um abraço agraciado, logo em seguida, em plena frieza, tomá-los de volta deixando o pequenino apenas confuso. Restando-lhe em sua fraqueza diante do adulto, apenas o choro. Não abrace a vida nem lhe oferte sorrisos, no fim só resta o silêncio das lágrimas. O choro é uma constante. É isso que vejo quando ando nas ruas.
Temo - ouso falar que poucas vezes isso me ocorreu. Temo não encontrar um final feliz para o que escrevo.
Não encontro, pois a tristeza é uma constante, que se alimenta da inconstância da felicidade.
Infeliz felicidade, não dura.
Melhor se não houvesse de haver.
Melhor seria apagar com um borrão sua existência. Enfim, se sou infeliz é porque a felicidade se foi, antes se não houvesse de vir, assim não haveria o choro pela ida.
Ora, quero dizer apenas algo bem popular “tudo passa”.
O que revolta é alguém dar um brinquedo a uma criança e depois tomá-lo de volta. Sensato seria antes não dar. Perdoem meu comportamento de criança. Apenas temo que a vida seja cúmplice do fim, afinal a mesma se entregará a ele um dia.
Chego à conclusão que só há dor por haver alegria, ou amor. Preço justo? Sinceramente já não sei.
Tenho repensado esse sentido. Os mártires que me perdoem.
Essa montanha de altos e baixos vem me causando enjôo, a cada dia me convenço do desejo pelo fim dessa viagem...
Peço a Deus que esse final que escrevo, não seja uma constante no que eu venha a escrever. Dessa vez me faltou um final feliz.
Castro Lins

2 comentários:

  1. Fazia tempo que aqui não vinha... passei só pra deixar um terno abraço.

    Com apreço.

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  2. Adorei seu blog!!!

    são lindos os seus textos!!!

    bjão!!

    Janete Aníbal!

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