Confissões dispostas no destino...
Falsas palavras nas quais repito,
São ordens de bom parecer divino,
Teatro de roteiro outrora escrito.
Dias póstumos postos no passado,
Igual aos mortos são os vivos visto
Que ainda nada pode ser mudado-
A eternidade com fim previsto.
Mas foi num dia chuvoso de repente,
Ousei contra o destino fi-lo ausente
Minutos... e Deus deu-me alguns somente;
Bravio roubei do destino sua pluma,
Navio de mar nordestino de espumas,
Doçura que dura minutos de bruma;
Céu de cheiro macio para os dedos,
Água pura que nas mãos corre turva,
Mel dos olhos e chora a cheia chuva
Para mares lava alma e leva os medos;
Avermelhados lábios são telhados
Talhados aos anseios mais pedidos
Das preces poemas dados aos ouvidos
Do Deus o escultor de tudo criado;
Criado do destino ditador...
Por minutos fui livre e libertado,
Liberto a milhas perto do amor
Que fugia embora entre os estados;
Poucos minutos de sonho passados,
Acordo do lado e vejo o abandono...
Sono do amor nunca a mim destinado,
Engano do tempo meu sol no outono;
Destinado a nunca esquecer a emenda,
Desvio no destino encurvo de rendas:
Noite de chuva, estrelas e lendas.
Antes do tempo predestinado a estar
Preso afável ao meu amor imutável
E assim destinado ao destino mudar.
Castro Lins
E ai Castro Alves.. achei suas palavras por aqui... bom texto... ainda não li tudo... mas já estou seguindo... da uma passada no meu blog..
ResponderExcluirhttp://douloseleutheros.blogspot.com