segunda-feira, 28 de maio de 2012

NÃO SEI DIZER TEU NOME EM VÃO



NÃO SEI DIZER TEU NOME EM VÃO


            Eu não saberia dizer Teu nome em vão. Primeiro, eu não poderia dizer Teu nome, quando tudo a dispor ou a devir não designa em inteireza o que Tu és. Oh Deus, sei que se alguma palavra pudesse Te conter, eu não a ousaria pronunciar com os lábios meus... a menos que minha alma soubesse cantar a gratidão em seus doces acordes, a menos que minha alma já houvesse despertado ao revés do amor, não antes do meu coração arder ao som da primeira sílaba desse nome, não enquanto ainda sou virgem ao toque macio da fé que arrebata com tamanha suavidade. Todavia, se porventura um nome pudesse desanuviar Tua eternidade, como não dizê-lo em vão? Ora, se Teu nome apenas expõe à frivolidade toda existência, vã é a tentativa de não dizê-lo em vão.

            A despeito da vida por demais efêmera, insisto que não saberia dizer Teu nome em vão. Pois a alma grata não sabe medidas ou valores.  Ela é feita sensível a menor dádiva Tua. O simples relance de vida a alegra, como a uma criança risonha. Tola, entrega-se sem pudor ao mais ingênuo dos presentes só para assegurar-se que nada, nem o sorriso mais inútil, seja vão.  Se despertares a gratidão, desnecessárias serão as datas especiais, pois, bem logo, toda a vida intuirá o milagre do Teu bem querer. Se de feito agradecidos, por certo, fazes cada momento fugaz digno do Teu nome impronunciável.

Deus, as nossas forças não são próprias, e nossos sonhos sempre foram de Tua composição, portanto ou por muito menos, cada fibra do nosso corpo bem diz ao Teu nome e, finalmente, não saberíamos dizer em vão o Teu nome, pois, de modo excelente, essa incontida gratidão declara incisivamente aos céus: Nada foi em vão.

 Te agradecemos Deus –

                         

  Castro Lins


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