Passando pela Universidade
Queria mesmo fugir de casa, alforria, liberdade.
Queria mesmo começar uma revolução, mudar o mundo!
Queria mesmo ingressar nos átrios onde habitam o saber e a suprema verdade.
Queria mesmo buscar aventuras, o grande amor, para escrever e narrar meus próprios romances.
Queria mesmo enriquecer, orgulhar meus pais.
Dizem que tudo passa, mas na verdade, a universidade não passou, creio que fui eu quem passou por ela. Caminhando levei comigo dúvidas, falo sobre uma, a maior entre todas elas: no fim, o que permanece?
Sei que, o anseio pela liberdade deu lugar à saudade de casa. Mudei as estratégias, para alcançar êxito, percebi que a revolução deveria começar em minha alma. Entendi que a sabedoria não mora em construções ou títulos e entre tantos relativos, não encontrei a verdade listada em sumários, com o tempo aprendi que a verdade não envelhece como as folhas amareladas dos livros da biblioteca.
As aventuras me entediaram e o grande amor rendeu-se diante de algo ainda maior, é semelhante às estrelas, de tão longe parece pequeno e também se perde diante da imensidão do céu noturno.
Talvez o orgulho dos meus pais custasse minha insatisfação profissional, no entanto, enriqueci... Desenterrei pérolas preciosas, amigos que nunca me deixarão retornar a pobreza da vida. Por fim, no fim, continuo no Caminho, no bolso esquerdo carrego conhecimento e no quadro negro do meu coração escrevi com giz de eternidade: Permanecem a fé, a esperança e o amor. (I Coríntios 13:13).
Castro Lins
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