Escutas?
Os templos ruíram sem ruídos,
Perdera Deus agora sua morada?
Onde escondes tua face sagrada?
Por que não atenta a mim teus ouvidos?
Dormir foi meu único pedido,
Acordar contigo o ultimo sonho.
Tanto amo esse Deus que envergonho...
Quisera eu, nunca ter nascido!
Culpa minha do pecado compor
Esse ser que nascer não escolhe?
A cegueira de vê ainda que olhe
O triste viver que queres me impor.
É graça, bom Deus que os seus acolhe
Em afagos tão ternos, embora,
Semeaste esta vida de outrora -
Hoje madura, apressa-te colhe!
Corro para da vida fugir;
A quem com suicídio compare,
Mas é só dor que quero que pare
E não vejo pecado em pedir.
Deus paterno, não ouves quando oro?
A mim concede ter-te de perto!
És pai e se não me escutas por certo
É porque sabe que a morte imploro.
Castro Lins
Os templos ruíram sem ruídos,
Perdera Deus agora sua morada?
Onde escondes tua face sagrada?
Por que não atenta a mim teus ouvidos?
Dormir foi meu único pedido,
Acordar contigo o ultimo sonho.
Tanto amo esse Deus que envergonho...
Quisera eu, nunca ter nascido!
Culpa minha do pecado compor
Esse ser que nascer não escolhe?
A cegueira de vê ainda que olhe
O triste viver que queres me impor.
É graça, bom Deus que os seus acolhe
Em afagos tão ternos, embora,
Semeaste esta vida de outrora -
Hoje madura, apressa-te colhe!
Corro para da vida fugir;
A quem com suicídio compare,
Mas é só dor que quero que pare
E não vejo pecado em pedir.
Deus paterno, não ouves quando oro?
A mim concede ter-te de perto!
És pai e se não me escutas por certo
É porque sabe que a morte imploro.
Castro Lins
Caríssimo Castro! Fiz uma referência [reverência] a você no meu blog 'Das Canções a que sou preso'. Um forte abraço, e salve a poesia latino-americana...
ResponderExcluirhttp://presoacancoes.blogspot.com/2011/05/guardanapos-de-papel.html
Grande Castro Alves.... muito bom seu texto... Frequentarei mais este espaço... Abraços
ResponderExcluirOlá, amigo!
ResponderExcluirFazia tempo que eu não passava por aqui...
Lindo esse texto; obrigada pelas palavras;
Abs